Regulamentação dos Cigarros Eletrônicos no Brasil Debatida no Rio Grande do Sul
A regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil foi o foco de um debate durante o E-Mundi (Encontro Mundial da Imprensa) realizado no BAT Brazil Labs em Cachoeirinha, Rio Grande do Sul. Apesar da proibição dos dispositivos de vaporização no país desde 2009, aproximadamente 3 milhões de brasileiros utilizam cigarros eletrônicos ilegais contendo substâncias nocivas, com quase 30% dos adolescentes já tendo experimentado, atraídos pelos aromas adicionados.
Representantes da BAT Brasil defenderam a regulamentação dos vaporizadores para impedir a venda de produtos ilegais. Marcos Vinicius Machado Teixeira, gerente sênior de assuntos científicos e regulatórios da empresa, apresentou estudos indicando que os vaporizadores regulamentados mostram uma redução de 95% nos compostos tóxicos em comparação com os cigarros tradicionais. Ele enfatizou que, embora não sejam isentos de riscos, os vaporizadores apresentam menos riscos à saúde quando regulamentados.
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Teixeira afirmou que os vaporizadores regulamentados seriam destinados a adultos que buscam abandonar os cigarros tradicionais e reduzir os danos à saúde. Ele observou que os vaporizadores são legalizados em mais de 80 países e que a regulamentação, controle e educação pública são as soluções. A composição dos vaporizadores, incluindo os níveis de nicotina, dependeria das determinações da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil.
A ex-diretora da Anvisa, Alessandra Bastos Soares, também apoiou a regulamentação dos vaporizadores para garantir que os consumidores utilizem produtos fabricados sob supervisão das autoridades. Ela destacou que, sem regulamentação, os usuários enfrentam riscos significativos à saúde devido às substâncias desconhecidas que estão inalando. Soares enfatizou que a Anvisa deve em breve revisar a proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil.
O debate ressaltou a controvérsia contínua em torno da regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil, com defensores argumentando por uma mudança da proibição para a regulamentação a fim de abordar as preocupações de saúde pública e combater o mercado ilegal de vaporizadores.
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