Brasil Considera Projeto de Lei para Criminalizar Vendas e Anúncios de Cigarros Eletrônicos

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Um novo projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados do Brasil visa criminalizar a venda, importação e publicidade de cigarros eletrônicos. A legislação proposta, introduzida pela Deputada Gisela Simona (União-MT), imporia penas de dois a quatro anos de prisão e multas para quem vender, importar ou anunciar cigarros eletrônicos sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O projeto estende as mesmas penalidades à venda, importação e publicidade de acessórios e refis para cigarros eletrônicos. Em casos envolvendo menores, as penas são aumentadas para quatro a oito anos de prisão e multas.

Sob a lei proposta, a Anvisa só poderia conceder registro para cigarros eletrônicos se o solicitante puder provar, através de estudos toxicológicos específicos e testes científicos, que o produto não apresenta riscos à saúde ou ao meio ambiente.

A Deputada Simona enfatiza que as políticas de controle do tabaco do Brasil salvaram milhares de vidas e argumenta que esses ganhos estão agora ameaçados pelos dispositivos eletrônicos de fumar. Ela afirma que a proibição existente da Anvisa sobre a venda de cigarros eletrônicos (Resolução 46/09) não tem sido suficiente para abordar a questão.

“Nos últimos anos, temos visto um aumento no uso de cigarros eletrônicos, que vêm com a alegação de que são menos prejudiciais à saúde do consumidor, que não causariam tanto dano à saúde, mas isso não é verdade,” declarou Simona. “No Brasil, temos uma resolução da Anvisa que proíbe a venda de cigarros eletrônicos no país. Mas essa resolução e fiscalização não têm sido suficientes para barrar esse tipo de produto em nosso país.”

O projeto de lei que criminaliza a venda, importação e publicidade de cigarros eletrônicos está sendo analisado em conjunto com outra proposta de conteúdo similar. Ele deve ser votado pela Comissão de Constituição e Justiça antes de seguir para consideração do plenário da Câmara dos Deputados.

Se aprovada, a legislação representaria um passo significativo nos esforços contínuos do Brasil para reduzir o uso do tabaco e proteger a saúde pública. À medida que o debate continua, os legisladores precisarão equilibrar preocupações sobre os riscos potenciais dos cigarros eletrônicos com argumentos sobre liberdade pessoal e a eficácia da proibição em conter seu uso.

Matthew Ma
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