Polícia Brasileira Combate Contrabando de Cigarros Eletrônicos
A Polícia Federal (PF) lançou a “Operação Vapor Malus” nesta terça-feira (29), cumprindo sete mandados de busca e apreensão contra indivíduos suspeitos de contrabandear dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). A operação, abrangendo as cidades de Palmas, Araguaína e Brasília, visa desmantelar uma rede criminosa envolvida na importação e venda desses produtos proibidos no Brasil.
Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal do Tocantins. Segundo a Polícia Federal, os investigados podem ser enquadrados em crimes relacionados à importação, venda e armazenamento de mercadorias proibidas, além de associação criminosa. As penas combinadas para essas infrações podem ultrapassar oito anos de prisão. Os nomes dos suspeitos ainda não foram divulgados.
Esta repressão enfatiza a postura rigorosa do Brasil em relação ao vaping. Desde 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proíbe a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar. Esta regulamentação foi reforçada em 2024 pela Resolução Anvisa nº 855/2024, que também proibiu o uso de cigarros eletrônicos em ambientes coletivos fechados, tanto públicos quanto privados. A agência mantém sua posição baseada em evidências científicas indicando que os vapes não são seguros, não auxiliam efetivamente na cessação tabágica e podem aumentar o risco de dependência e doenças graves.
Especialistas em saúde alertam que, apesar da percepção pública, o vaping apresenta riscos significativos à saúde. A inalação de substâncias químicas encontradas nos e-líquidos pode levar à dependência, complicações respiratórias e afetar negativamente o sistema cardiovascular. Embora alguns argumentem que a regulamentação desses produtos poderia ser uma alternativa viável à proibição total, permitindo comercialização mais segura e controle de qualidade, a abordagem atual do governo brasileiro prioriza a proibição e fiscalização.
A Operação Vapor Malus reacendeu o debate público sobre a melhor forma de abordar a questão dos cigarros eletrônicos no Brasil. Os resultados desta operação e iniciativas futuras similares serão monitorados de perto, pois podem sinalizar o caminho de longo prazo do país em relação ao uso e regulamentação desses dispositivos. Por enquanto, o foco das autoridades permanece na contenção das práticas ilegais.
- Fonte da notícia: Federal Police conduct operation against electronic cigarette smuggling