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Governo Intensifica Ações Contra Promoção e Venda Ilegal de Cigarros Eletrônicos Online

O governo brasileiro ordenou que as principais plataformas digitais, incluindo YouTube, Instagram, TikTok, Mercado Livre e Enjoei, removam imediatamente todo o conteúdo que promova ou venda cigarros eletrônicos (vapes) e produtos proibidos relacionados. A notificação, emitida pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP), subordinado à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), dá às plataformas um prazo máximo de 48 horas para cumprir a determinação.

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A cidade de Limeira, localizada no interior de São Paulo, tornou-se a primeira no Brasil a implementar uma lei restringindo o uso de cigarros eletrônicos em espaços públicos. A nova legislação, que também proíbe a venda e o consumo desses dispositivos por menores de 18 anos, visa proteger a saúde dos cidadãos e impedir que os jovens comecem a consumir produtos com nicotina.

A lei, aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo governo da cidade, entrará em vigor em 30 dias, permitindo que residentes e estabelecimentos comerciais se adaptem às novas regras. Esta iniciativa pioneira poderá servir como modelo para outras cidades brasileiras que buscam regulamentar o uso de dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) e proteger a saúde pública.

A medida busca salvaguardar a população, especialmente os jovens, dos potenciais danos causados pelos vaporizadores eletrônicos. Ao proibir o uso desses dispositivos em locais públicos, Limeira visa garantir um ambiente mais saudável, livre de substâncias nocivas. A expectativa é que a lei contribua para reduzir o consumo desses dispositivos e conscientizar sobre seus riscos.

O vereador Nilton César dos Santos (Republicanos) propôs inicialmente a legislação, que foi posteriormente aprovada pela Câmara Municipal e pela Prefeitura. A lei antifumo já proíbe esse tipo de consumo, e esta nova lei reforça essa posição.

Abrangência Abrangente e Fiscalização

A legislação de Limeira proíbe o uso de vapes e produtos similares por menores de 18 anos e restringe o consumo em todos os locais públicos da cidade, sejam abertos ou fechados. A proibição também se estende a estabelecimentos privados de uso coletivo, como bares, restaurantes e cinemas.

A lei especifica vários locais onde o uso de dispositivos de vaporização será proibido, incluindo:

  • Praças
  • Gyms
  • Escolas
  • Espaços de exposição
  • Bares e restaurantes
  • Casas noturnas
  • Hotéis
  • Supermercados
  • Locais de trabalho
  • Áreas comuns de condomínios

Esta abrangência ampla visa garantir que a restrição seja eficaz e que a população esteja protegida da exposição a esses produtos.

Os estabelecimentos que não cumprirem a lei enfrentarão notificações e penalidades, cujos valores serão definidos por decreto. Os responsáveis pelos estabelecimentos também devem:

  • Afixar cartazes informativos sobre a lei e os riscos do uso de cigarros eletrônicos
  • Monitorar as instalações e advertir os infratores
  • Solicitar a retirada daqueles que insistem em descumprir a regra

O governo municipal de Limeira será responsável por fiscalizar o cumprimento da lei e aplicar as sanções previstas em caso de descumprimento. A eficácia da lei dependerá da colaboração da população e do engajamento dos estabelecimentos comerciais na promoção da conscientização e cumprimento das regras.

Alinhamento com a Legislação Nacional

Embora Limeira seja a primeira cidade a implementar uma lei específica contra os cigarros eletrônicos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já proibiu a venda desses produtos em todo o país. A Anvisa também atualizou a resolução para reforçar a proibição da fabricação, importação, venda, distribuição, armazenamento, transporte e publicidade de cigarros eletrônicos no Brasil.

A “lei antifumo”, aprovada em 1996, também proíbe fumar em espaços públicos fechados. A legislação de Limeira complementa essa lei, tornando a fiscalização mais rigorosa em nível municipal. A medida poderá servir de inspiração para outras cidades que queiram fortalecer o controle sobre o uso de dispositivos eletrônicos para fumar e proteger a saúde de seus cidadãos.

Um Passo Adiante na Proteção da Saúde Pública

A proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil é justificada pela falta de controle de qualidade e fiscalização desses produtos, além de sua crescente popularidade, especialmente entre os jovens. Estudos indicam que os dispositivos eletrônicos de liberação de nicotina podem ser ainda mais prejudiciais à saúde do que os cigarros tradicionais, devido à alta frequência de uso e aos potenciais danos causados aos menores.

A decisão de Limeira de proibir os pods e e-cigarros em locais públicos e para pessoas menores de 18 anos representa um significativo passo adiante na proteção da saúde pública. Esta medida, alinhada com as regulamentações da Anvisa, busca reduzir o consumo desses dispositivos e seus potenciais danos, especialmente entre os jovens.

Como primeira cidade brasileira a tomar uma posição tão firme, a iniciativa pioneira de Limeira poderá inspirar outras cidades a adotarem medidas semelhantes, abrindo caminho para um futuro mais saudável para todos. Ao priorizar o bem-estar de seus cidadãos e tomar medidas proativas para enfrentar os riscos associados aos sistemas eletrônicos de entrega de nicotina, Limeira estabeleceu um poderoso exemplo para o resto do país seguir.

O Brasil testemunhou um aumento significativo na apreensão de cigarros eletrônicos, comumente conhecidos como “vapes” ou “pods”, em 2024, apesar da proibição de longa data pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009. O estado de São Paulo, em particular, registrou um aumento de sete vezes nos dispositivos confiscados em comparação com o ano anterior, destacando a crescente popularidade do produto mesmo diante de regulamentações rigorosas.

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A regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil foi o foco de um debate durante o E-Mundi (Encontro Mundial da Imprensa) realizado no BAT Brazil Labs em Cachoeirinha, Rio Grande do Sul. Apesar da proibição dos dispositivos de vaporização no país desde 2009, aproximadamente 3 milhões de brasileiros utilizam cigarros eletrônicos ilegais contendo substâncias nocivas, com quase 30% dos adolescentes já tendo experimentado, atraídos pelos aromas adicionados.

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Um novo projeto de lei em análise na Câmara dos Deputados do Brasil visa criminalizar a venda, importação e publicidade de cigarros eletrônicos. A legislação proposta, introduzida pela Deputada Gisela Simona (União-MT), imporia penas de dois a quatro anos de prisão e multas para quem vender, importar ou anunciar cigarros eletrônicos sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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